Estadão

Dólar oscila perto da estabilidade, dividido entre exterior negativo e fluxo doméstico

Descolado dos movimentos de alta do exterior, o dólar oscila perto da estabilidade na manhã desta terça-feira, 26, alternando leves sinais de alta e baixa, ao sabor do fluxo comercial e da movimentação das moedas no mercado internacional. Segundo Jefferson Rugik, diretor da corretora Correparti, o fluxo do dia é positivo, por causa da venda de dólares de exportadores, principalmente quando a divisa se aproxima dos R$ 5,00. Para Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus, há também nos negócios movimentos de realização de lucros e antecipação de rolagens no mercado futuro.

Nas máximas registradas pela manhã, o dólar à vista bateu R$ 4,9834 e o dólar futuro para outubro foi até os R$ 4,9850.

No mercado internacional, há alguma instabilidade do dólar, com prevalência de alta da moeda americana ante divisas fortes e de países emergentes e exportadores de commodities.

Às 10h50, o dólar à vista era negociado a R$ 4,9626, em baixa de 0,07%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em outubro recuava 0,11%, para R$ 4,9665. O Dollar Index subia 0,04%.

O mercado financeiro divide as atenções entre questões relacionadas ao mercado internacional e a agenda doméstica, que trouxe as divulgações da ata do Copom e o resultado de setembro do IPCA-15.

A ata do Copom reforçou que o ritmo de cortes da taxa Selic será mantido em 0,5 ponto porcentual nas próximas reuniões de política monetária. Já a inflação do IPCA-15 ficou em 0,35%, ligeiramente abaixo das expectativa intermediária do mercado, que apontava para uma alta de 0,37%.

No exterior, estão no rol de preocupações dos investidores ainda o baixo ritmo de crescimento da economia chinesa e a crise imobiliária local, a política monetária americana e o risco de paralisação do governo dos Estados Unidos, por conta das divergências quanto ao orçamento do país.

As preocupações com a China derrubaram mais uma vez os preços do minério de ferro, enquanto o petróleo recua, à medida que a força do dólar e preocupações sobre o impacto na demanda de juros altos por mais tempo pesam nos preços da commodity.

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