Estadão

Dólar passa a cair com petróleo forte e China no radar, após subir com realização

O dólar no mercado à vista abriu em alta nesta segunda-feira, 5, seguindo a tendência externa. Mas rapidamente a moeda americana passou a cair frente o real diante do avanço persistente de mais de 2% do petróleo e na esteira da expansão dos PMIs de serviços e composto da China em maio. No boletim Focus, houve desaceleração nas projeções do mercado para o IPCA de 2023 e de 2024, que deve reforçar a percepção para início do ciclo de afrouxamento monetário no segundo semestre.

Lá fora, os juros dos Treasuries e o dólar operam em alta, ampliando ganhos da sessão anterior, com investidores à espera de PMIs de serviços dos EUA e de um comentários da presidente do BCE, Christine Lagarde (10 horas) e da dirigente do Fed de Cleveland, Loretta Mester (14h30). Mais cedo, saíram PMIs de serviços da zona do euro e da Alemanha abaixo das prévias e a inflação ao produtor na zona do euro teve desaceleração anual a 1% em abril e ficou bem abaixo do esperado por analistas, que previam acréscimo anual de 1,7%.

Nos EUA, houve ampliação de apostas de que o Fed irá apenas "pular" um novo aperto monetário em junho, como sugerido por dirigentes nas últimas semanas, e retomar alta das taxas na decisão de julho, após o payroll misto em maio nos EUA na sexta-feira e da aprovação do acordo para o teto da dívida norte-americana.

Nesta manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o programa para baratear o carro popular foi reformulado e deve contemplar também caminhões e ônibus. O ministro se reúne nesta manhã no Palácio do Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater a proposta da equipe econômica, como foi antecipado ontem pelo <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Na sexta-feira, o dólar à vista caiu pelo segundo dia seguido, a R$ 4,9528 (-1,07%), acumulando perda de 0,72% na semana passada.

Na B3, os investidores estrangeiros aportaram R$ 176,113 milhões na sessão de quinta-feira, 1. O montante é resultado de compras acumuladas de R$ 16,229 bilhões e vendas de R$ 16,052 bilhões. No acumulado do ano, o capital externo está positivo em R$ 7,054 bilhões. No dia, o Ibovespa fechou em alta de 2,06%, aos 110.564,66 pontos. O giro financeiro foi de R$ 30 bilhões.

Às 9h40, o dólar à vista caía 0,08%, a R$ 4,9484. Já oscilou nesta manhã de R$ 4,9373 (-0,31%) a R$ 4,9768 (+0,48%). O dólar para julho recuava 0,25%, a R$ 4,9730.

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