Estadão

Dólar recua ante o real após dados de atividade positivos e deflação do IGP-DI

O dólar opera em baixa no mercado doméstico na manhã desta terça-feira, acompanhando o sinal de queda predominante no exterior frente outras divisas emergentes e ligadas a commodities. Os investidores precificam a deflação do IGP-DI de novembro, alta forte do petróleo, dados positivos da balança comercial da China e da produção industrial na Alemanha. Também é esperado que o Copom eleve a Selic em 1,50 ponto, em reunião que começa hoje e termina na quarta-feira, 8.

A deflação de 0,58% do IGP-DI de novembro, um recuo maior que a mediana esperada de -0,44%, é fator para alívio e tende a reforçar na curva de juros a possibilidade de aumento de, no máximo, 150 pontos-base da Selic amanhã – o que seria a quinta alta seguida da Selic neste ano.

Mas, a queda do dólar segue sendo limitada por cautela fiscal e é possível que ocorram novas remessas sazonais de capitais ao exterior. O impasse à promulgação da PEC dos Precatórios no Senado é monitorado pelos investidores e hoje ocorre nova rodada de discussões. Para agilizar a votação da proposta no Plenário da Câmara com as mudanças no texto feitas pelo Senado, a cúpula do Congresso avalia vincular o espaço fiscal ao Auxílio Brasil e a despesas previdenciárias. E o governo vai editar uma Medida Provisória para bancar o Auxílio Brasil em dezembro, já que a PEC dos Precatórios não foi promulgada ainda pelo Congresso.

Outra notícia a ser acompanhada é a de que o Ministério da Economia calcula que ainda faltam R$ 2,6 bilhões de espaço no teto de gastos, "rombo" que deve alimentar as pressões para mais aumentos de gastos nas negociações para a votação do Orçamento de 2022.

Às 9h37 desta terça, o dólar à vista caía 0,33%, a R$ 5,6714. O dólar futuro de janeiro de 2022 recuava 0,45%, a R$ 5,6990.

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