O dólar retoma a queda na manhã desta terça-feira, 29, após subir ontem – interrompendo uma série de oito baixas consecutivas (cerca de -8% no período). O ajuste da taxa de câmbio pode já estar refletindo ingresso de capitais estrangeiros no mercado interno e influencia um viés negativo dos juros futuros em meio ao apetite por ativos de riscos nos mercados internacionais. Os investidores precificam a informação de que as negociações entre Rússia e Ucrânia tiveram avanços significativos em reuniões na Turquia nesta terça-feira.
De acordo com a agência de notícias <i>Tass</i>, o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, afirmou que o país "reduzirá radicalmente" as atividades militares na capital ucraniana, Kiev. Há relatos de que negociadores dos dois lados teriam falado sobre a possibilidade de um encontro entre os presidentes de seus países.
O petróleo acentuou a queda e perdia mais de 4% mais cedo reagindo à notícia, enquanto os mercados de ações e os juros dos Treasuries ampliaram ganhos e o dólar acelera as perdas intradia ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities.
O alívio no preço do petróleo deve pesar nas ações da Petrobras, além da nova troca de comando na estatal que pode ser absorvida pelo perfil mais técnico do economista indicado Adriano Pires para o lugar do general Luna e Silva. Além disso, o mercado avalia ser pouco provável que Pires mude a política de paridade de preços internacional praticada pela estatal.
Às 9h23, o dólar à vista caía 0,80%, a R$ 4,7337. O dólar para abril recuava 0,74%, a R$ 4,7375.