O dólar opera em baixa no mercado local em meio à agenda econômica esvaziada nesta segunda-feira, 8. Dados da balança comercial da China, com aumento das exportações acima do esperado, são bem recebidas pelos investidores assim como o avanço do minério de ferro de 2,78% em Qingdao, na China, cotado a us$ 110,88 a tonelada. O petróleo e os juros dos Treasuries de médio e longo prazos recuam moderadamente.
A liquidez pode ser mais fraca em meio à espera pelo IPCA de julho e ata da reunião do Copom da semana passada, que serão divulgados nesta terça-feira, 9, além da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos no mês passado, na quarta-feira (10).
A ata e o IPCA devem ajudar o mercado a compreender melhor se o ciclo de aperto monetário chegou ao fim ou se ainda cabe um aumento residual, de menor magnitude (25 pontos-base) da Selic em setembro. O índice de preços pode reforçar a percepção de fim de ciclo diante da expectativa de deflação de 0,66% em julho, a maior do Plano Real. Na sexta-feira, 5, as taxas curtas fecharam com viés de alta e as longas, de queda, na esteira do recuo do dólar ante o real.
Ja a inflação ao consumidor dos EUA de julho, o CPI, servirá para balizar as apostas para a política monetária americana após o relatório de emprego de julho, o payroll, melhor que o esperado colocar lenha para a possibilidade de um Fed mais agressivo, embora tenha amenizado as preocupações com uma recessão nos EUA.
Nesta manhã, o mercado olha o relatório Focus, que trouxe redução na estimativa para IPCA 2022, de 7,15% para 7,11%, mas aumento para IPCA 2023 de 5,33% para 5,36%. Para 2024, a estimativa para inflação permaneceu em 3,30%.
Para a taxa de câmbio, a estimativa para este ano continuou em R$ 5,20, ante R$ 5,13 um mês antes. Para 2023, também permaneceu em R$ 5,20, de R$ 5,10 quatro semanas atrás.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou 1,13% na primeira quadrissemana de agosto, após queda de 1,19% no fechamento de julho. O indicador acumula alta de 6,02% em 12 meses, menor do que o avanço de 8,0% no período até julho.
Na corrida eleitoral, pesquisa do Instituto FSB para presidente da República encomendada pelo banco BTG Pactual aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 41% das intenções de voto, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 34%. Na simulação de segundo turno, Lula venceria Bolsonaro por 51% a 39%.
Às 9h36 desta segunda-feira, o dólar à vista caía 0,72%, a R$ 5,1298. O dólar para setembro recuava 0,74%, a R$ 5,1645.