Estadão

Dólar recua com exterior positivo e Fed no radar

O dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira, 28, acompanhando a desvalorização da moeda americana no exterior ante pares emergentes do real e olhando também a alta dos juros dos Treasuries, cujas taxas da T-Note 10 anos bateram máxima a 1,2711%, com uma menor busca por proteção. Os investidores repercutem balanços e aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve (15h) e a entrevista de Jerome Powell (15h30).

Na agenda doméstica, novos sinais de inflação pressionada vêm do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação e registrou alta de 1,31% em junho, segundo o IBGE. A taxa de maio foi revista de 1,00% para elevação de 0,99%. Com o resultado de maio, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 19,11% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 36,1%. Ambas as variações acumuladas, tanto no ano até junho quanto em 12 meses, são as maiores já registradas na série histórica do IPP, iniciada em 2014, informou o IBGE.

No exterior, os juros dos Treasuries firmaram alta mais cedo, com a ponta longa nas máximas do dia, em meio à melhora no sentimento de risco dos mercados. Investidores ajustam o portfólio antes da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), marcada para esta tarde. A expectativa de analistas é de que a instituição apresente novos sinais sobre a retirada de estímulos, o chamado "tapering", embora não esteja claro se será estabelecido um cronograma para o processo.

O preço do minério de ferro negociado em Qingdao, na China, fechou em leve alta de 0,05% nesta quarta-feira, a US$ 202,68 a tonelada, informou um operador. O barril de petróleo sustenta ganho moderado. Às 9h27 desta quarta, o dólar à vista caía 0,32%, a R$ 5,1603. O dólar para agosto recuava 0,16%, a R$ 5,1630.

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