O dólar opera em baixa ante o real nesta quinta-feira, 16, com uma realização de lucros após ter subido a R$ 5,2943 na quarta-feira, na maior cotação desde 5 de janeiro, ampliando ganho em março para 1,33%.
No exterior, o índice DXY do dólar também recua diante da alta do euro e do iene com investidores à espera da decisão de juros do BCE (10h15) e da entrevista da presidente da instituição, Christine Lagarde (10h45). Há expectativas se o BCE irá reduzir o ritmo de alta para 25 pontos-base (pb), em vez de 50 pb como sinalizado na última ata da instituição, como consequência dos riscos de contágio sistêmico no setor bancário da crise no Credit Suisse e nos americanos SVB e Signature.
Entre as commodities, o petróleo está perdendo força, após subir cerca de 1% durante a madrugada, com a notícia de que o credit Suisse aceitou ajuda financeira do Banco Central da Suíça. O minério de ferro caiu 2,80% em Dalian, na China, cotado a US$ 130,70.
Aqui no Brasil, o mercado financeiro segue à espera do novo arcabouço fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que detalhará na sexta-feira, 17, a nova regra fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para que, posteriormente, seja incluída no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). De acordo com o ministro, Lula quer saber impactos, trajetórias e números da nova âncora fiscal. A reunião de sexta-feira vai contar com a presença da equipe econômica e da Casa Civil.
Sem detalhar prazos, o presidente Lula sinalizou ontem que a divulgação deve ser feita antes de sua ida à China, prevista para o fim deste mês. O mercado vem contando com a apresentação da proposta antes da reunião do Copom, na próxima semana, conforme sinalização feita recentemente por Haddad.
Ontem à noite, Haddad apresentou a proposta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Após jantar com o ministro, Lira falou à GloboNews que o encontro foi "amistoso" e de "aproximação", marcado por conversas sobre o arcabouço fiscal e a reforma tributária. Ele disse que o chefe da equipe econômica lhe apresentou as "linhas mestras" da nova regra, mas que não o forçou por detalhes.
Mais cedo, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) subiu 0,05% em março, após a alta de 0,02% em fevereiro. O resultado ficou abaixo da mediana esperada pelo mercado (0,08%) e dentro do intervalo (queda de 0,15% a aumento de 0,18%) apurado pelo Projeções Broadcast. O IGP-10 acumulou um aumento de 0,12% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou em 1,12%.
Às 9h38, o dólar à vista caía 0,37%, a R$ 5,2740. O dólar abril recuava 0,25%, a R$ 5,2915.