Estadão

Dólar recua com realização por melhora externa e dados locais fracos

O dólar mais fraco no exterior induz a queda ante o real na manhã desta quarta-feira, 7. Os ajustes de posições iniciais levam em conta também a forte desaceleração da alta do IGP-DI de junho bem como os dados de varejo restrito e ampliado para maio abaixo das medianas do mercado, mas dentro do intervalo das projeções, e também as quedas da produção e das vendas de veículos no País no mês passado. As vendas do varejo subiram 1,4% em maio ante abril, sendo que a mediana do <i>Projeções Broadcast</i> apontava alta de 2,5%. O IGP-DI veio a 0,11%, sendo que a mediana previa 0,22%.

O ambiente positivo de negócios no exterior ajuda, com valorizações das commodities, como petróleo, dos índices acionários na Europa e dos futuros em NY, enquanto a moeda americana recua na esteira da queda dos rendimentos dos Treasuries longos. Entre os catalisadores, está a melhor perspectiva para a retomada na zona do euro. Mas a taxa do T-Note de dois anos mostre viés de alta, a 0,220%, de 0,215% no fim da tarde de ontem, diante da espera pela ata da reunião de política monetária do Federal Reserve de junho (15h). Na reunião do mês passado, o Fed sinalizou que poderia começar a retirar estímulos monetários antes do que se imaginava.

Às 9h39 desta quarta, o dólar à vista caía 0,51%, a R$ 5,1823, após ter fechado ontem com alta de 2,39%, a R$ 5,2092 – maior alta porcentual desde 24 de março e maior cotação desde 31 de maio, precificando a piora do cenário político interno e o exterior negativo. O dólar para agosto recuava 0,31%, a R$ 5,1970, após subir 2,07%, aos R$ 5,2115 nessa terça-feira (6).

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