O dólar opera em baixa no mercado local, em linha com o viés negativo do índice DXY do dólar ante moedas principais e em relação a algumas divisas emergentes, como peso chileno. O investidor pode estar repercutindo notícias de recorde de viagens e gastos na China durante o feriado de ano novo lunar, na semana passada. Além disso, há expectativas sobre a definição hoje na China sobre os juros das LPRs de 1 e cinco anos. No entanto, os ajustes no câmbio são estreitos sem a referência dos mercados em Nova York por causa do feriado nos EUA, que deve reduzir a liquidez local.
Analistas preveem que o PBoC poderá cortar seus juros básicos, as chamadas taxas de juros de referência para empréstimos (LPRs), no fim da noite desta segunda-feira. A última alteração nas taxas ocorreu em agosto do ano passado. A Moody s Analytics prevê que a LPR de um ano poderá ser reduzida em 10 pontos-base, de 3,45% a 3,35%, e a LPR de 5 anos em 15 pontos-base, de 4,20% a 4,05%.
Entre as notícias de impacto desta segunda-feira, o banco central da China (PBoC) deixou a taxa de sua linha de empréstimo de médio prazo – conhecida como MLF – de um ano inalterada em 2,5%, ao fazer uma injeção de liquidez de 500 bilhões de yuans (US$ 69,5 bilhões), segundo comunicado publicado no domingo. O PBoC também injetou 105 bilhões de yuans em liquidez através de acordos de recompra inversa de sete dias, mantendo a taxa de juros em 1,8%.
O real pode estar se beneficiando ainda do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apontou avanço de 2,45% da economia brasileira em 2023, melhor que a mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de crescimento de 2,30% no indicador no ano. Em dezembro de 2023, o indicador subiu 0,82%, na série livre de efeitos sazonais, em linha com a mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de avanço de 0,80% no indicador no mês.
O Banco Central também revisou hoje dados do IBC-Br na margem, na série com ajuste. Para novembro, o indicador passou de +0,01% para +0,09%. O resultado de outubro passou de -0,18% para +0,05%, enquanto o de setembro passou de -0,03% para +0,03%.
Às 9h49, o dólar à vista caía 0,16%, aos R$ 4,9591. O dólar para março recuava 0,21%, aos R$ 4,9645.