Os sinais de maior apetite por risco no exterior e a falta de novidades significativas no ambiente doméstico favoreceram uma abertura em queda no mercados de câmbio. Com os efeitos da bandeira branca ainda perdurando nas relações entre Executivo e Judiciário, a expectativa dos investidores para esta semana é ver algum progresso na pauta econômica do País, com destaque para a busca por uma solução para o problema dos precatórios.
Como ocorre tradicionalmente às segundas-feiras, um dos destaques da manhã é a divulgação do Boletim Focus, do Banco Central, com as perspectivas do mercado financeiro para a economia. A pesquisa desta semana mostra elevação das estimativas para o câmbio em 2021 de R$ 5,17 para R$ 5,20. Já para 2022, o mercado manteve a projeção de R$ 5,20 para o dólar.
A projeção para a inflação em 2021 se distanciou ainda mais do teto da meta perseguida pelo BC (5,25%). Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) este ano de alta de 7,58% para 8,00%. A projeção para o índice em 2022 foi de 3,98% para 4,03%. E a projeção para a taxa Selic deste ano passou de 7,63% para 8,00% ao ano.
Às 9h55, o dólar à vista era negociado a R$ 5,2136, em queda de 1,02%. No mercado futuro, o dólar para liquidação em outubro recuava 0,79%, aos R$ 5,2265.
O BC começa nesta segunda-feira a rolagem dos contratos de swap cambial vincendos em dezembro, que somam US$ 13,6 bilhões (271,931 mil contratos) e será integral. Na oferta da operação de hoje serão ofertados até 15.000 contratos (US$ 750,0 milhões) de swap cambial tradicional, das 11h30 às 11h40.
Serão oferecidos contratos para 1º de fevereiro de 2022 e 1º de julho de 2022. A data de início dos contratos é 1º de dezembro de 2021.