O dólar opera em queda na manhã desta quarta-feira, dia 1º, alinhado ao ajuste de baixa ante pares principais e outras moedas emergentes pares do real no exterior em dia de apetite por ativos de risco. O índice DXY, que compara o dólar ante seis divisas principais, passou a cair após a divulgação do relatório de empregos da ADP, que mostrou criação de 374 mil vagas no setor privado dos Estados Unidos em agosto, bem abaixo da previsão de analistas (+600 mil empregos).
O dado eleva expectativas pelo "payroll" americano, que sai nesta sexta-feira, 3, e poderá mostrar a temperatura da recuperação do mercado de trabalho e da economia do país. O resultado do "payroll" é considerado crucial pelo Federal Reserve para embasar as avaliações sobre o início do processo de redução das compras de ativos ("tapering") ainda neste ano.
Mais cedo, a moeda americana já abriu no território negativo, sob influência externa, mas chegou a desacelerar no mercado à vista, sob impacto da queda de 0,1% do PIB no segundo trimestre no País ante o primeiro, abaixo da mediana de alta de 0,2% esperada pelos economistas. Na comparação anual, o PIB cresceu 12,4% no segundo trimestre, também abaixo da mediana de 12,8% das estimativas (10,5% a 13,6%).
Os investidores olham ainda declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Ele afirmou, em audiência na Câmara, que o BC precisa ser duro e deixar claro que vai seguir meta de inflação no horizonte relevante e que o a instituição deve revisar um pouco para baixo a projeção do PIB de 2021.
Às 9h50 desta quarta, o dólar à vista caía 0,41%, a R$ 5,1509. O dólar futuro para outubro cedia 0,14%, a R$ 5,1710, após abrir em alta e registrar máxima a R$ 5,1850.