O dólar opera em baixa, acompanhando o recuo externo da moeda norte-americana em meio também à queda dos retornos dos Treasuries e dos Gilts, títulos públicos do governo do Reino Unido. Os investidores estão no aguardo do detalhamento da reversão de quase todas as propostas de cortes de impostos que o governo britânico anunciou em 23 de setembro, pelo ministro de Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt. Hunt disse hoje mais cedo que não é "correto" ampliar o endividamento público para financiar incentivos fiscais e calcula que as medidas fiscais e cortes nos subsídios irão gerar ao governo cerca de 32 bilhões de libras anuais.
Nos Estados Unidos, há pouco, o índice de atividade industrial Empire State caiu a -9,1 em outubro, bem pior que a previsão dos analistas (-5). "Olhando para o futuro, as empresas não esperam que as condições de negócios melhorem nos próximos seis meses", conclui a pesquisa, realizada entre os dias 3 e 11 de outubro pela distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
No mercado local, os investidores analisam o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que apontou queda da economia brasileira em agosto e interrompeu uma sequência de duas altas mensais seguidas. O indicador caiu 1,13%, considerando a série livre de efeitos sazonais. Em julho, a alta havia sido de 1,67 % (dado revisado hoje). De julho para agosto, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 145,62 pontos para 143,97 pontos na série dessazonalizada.
O resultado veio próximo do piso das estimativas do mercado financeiro coletadas pelo Projeções Broadcast, de -1,20%. A mediana era de queda de 0,30% e o teto das expectativas apontava para avanço de 0,40%. Em 12 meses até agosto, a economia brasileira acumula crescimento de 2,08%. Já no acumulado do ano até o oitavo mês, o resultado é positivo em 2,76%.
A pesquisa Focus trouxe hoje nova redução nas estimativas para IPCA de 2024, que está no foco no Banco Central, e também para 2022 e 2023. A projeção para 2022 cedeu de 5,71% para 5,62%, a 16ª redução seguida. Há um mês, a mediana era de 6,00%. A previsão para 2023 passou de 5,00% para 4,97%, enquanto, para 2024, a estimativa arrefeceu de 3,47% para 3,43%. Há um mês, as medianas eram de 5,01% e 3,50%, nessa ordem. A taxa de câmbio projetada para o fim de 2022 e de 2023 continua em R$ 5,20.
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) avançou 0,42% na segunda quadrissemana de outubro, após alta de 0,26% na primeira leitura do mês. O indicador acumula alta de 4,77% em 12 meses, maior do que o avanço de 4,60% registrado na primeira quadrissemana de outubro.
Às 9h36, o dólar à vista caía 0,52%, a R$ 5,2945. O dólar de novembro recuava 0,56%, a R$ 5,3110.