O dólar opera em baixa nesta terça-feira, 3, acompanhando o sinal negativo da moeda americana ante pares principais e divisas emergentes em meio a uma realização de lucros pela manhã. Os investidores locais reduzem posições também, estimulados pela previsão de uma injeção de liquidez de US$ 1 bilhão via leilão de até 20 mil contratos de swap cambial, que representa venda de moeda no mercado futuro.
O Banco Central (BC) deixou programada essa operação após o dólar à vista fechar nesta segunda-feira com valorização de 2,63%, a R$ 5,0727 – acima de R$ 5 no fechamento pela primeira vez desde o dia 18 de março.
Para o Copom, que começa hoje e encerra amanhã sua reunião de política monetária, a aposta consensual é de aumento de 100 pontos-base da Selic, para 12,75%.
Nesta manhã nos EUA, a T-Note 2 anos cedia a 2,756% mais cedo, após superar 3% ontem, em meio a expectativas de que o Fed eleva em 0,50 os juros nos EUA nesta quarta-feira, 4, à faixa de 0,75% a 1,00%. Os investidores aguardam possível sinalização de ajustes de altas sequenciais de 0,50 ponto, sem descartar 0,75 ponto em alguma reunião à frente.
Mais cedo, o IBGE informou que a produção industrial brasileira subiu 0,3% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal. O resultado veio dentro das expectativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que esperavam desde uma queda de 1,2% a alta de 1,1%, com mediana positiva de 0,2%.
Em relação a março de 2021, a produção caiu 2,1%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo entre 5,3% e 0,4%, com mediana negativa de 2,8%. No acumulado do ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a indústria teve uma queda de 4,5%. Em 12 meses, a produção acumula elevação de 1,8%.
Às 9h20 desta terça-feira, o dólar à vista caía 0,68%, a R$ 5,0388. O dólar para junho recuava 0,94%, a R$ 5,0820.