O dólar recuou e se manteve guiado pelo movimento exterior na manhã desta quinta-feira, 12, em que será divulgado, às 10h30, dado de inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Por ora, lá fora, os ativos têm oscilações contidas, com leve valorização, com os investidores aguardando informações inflacionárias mais favoráveis.
Às 9h50, o dólar à vista recuava 0,55%, a R$ 5,1531, tendo descido à mínima de R$ 5,1476.
Depois do CPI, as atenções estarão voltadas para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que vai anunciar as primeiras medidas econômicas do governo Luiz Inácio Lula da Silva, às 14h30, no Palácio do Planalto. Ele dará entrevista coletiva à imprensa no Ministério da Fazenda.
Conforme mostrou o Broadcast ontem, o pacote de medidas deve incluir a revogação da redução do PIS/Cofins cobrado sobre receitas financeiras de grandes empresas e a volta do voto de desempate a favor da Fazenda no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Segundo fontes, o programa de renegociação de dívidas Desenrola pode ficar para outro momento, mas o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ontem que seria anunciado hoje.
No exterior, a expectativa para o (CPI) nos Estados Unidos é que deve ter ficado estável em dezembro, na comparação com novembro, segundo a mediana dos 28 analistas consultados pelo Projeções Broadcast. Caso o resultado se confirme, o resultado representará uma leve desaceleração, após a alta de 0,1% em novembro.
Enquanto não sai, as commodities operam sem direção única e moedas têm sessão lateral. No dólar, se o CPI for dentro das expectativas, a expectativa é o dia ter viés negativo. Há instantes, o índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, recuava 0,14%, a 103,039 pontos.
No Brasil, o dólar à vista caiu 0,40% ante o real, a R$ 5,1810 na sessão de ontem. Foi a segunda baixa consecutiva da moeda norte-americana no fechamento, após queda de 1,06% da véspera.