Após abrir com viés de baixa e testar alta leve em seguida, a R$ 5,2335 (variação de 0,07%), em meio ao anúncio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de junho acima da mediana esperada pelo mercado financeiro, o dólar à vista retomou queda e renovou mínima, a R$ 5,2055 (-0,46%). Já no mercado futuro, o dólar para julho oscila no terreno negativo desde a abertura dos negócios, com mínima a R$ 5,2150 (-0,71%), sob influência da queda da moeda norte-americana ante pares principais e a maioria das divisas emergentes e ligadas a commodities, que se beneficiam da alta de preços das matérias-primas, em manhã de apetite por ativos de risco no exterior.
O IPCA-15 registrou alta de 0,69% em junho, após ter avançado 0,59% em maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da mediana (0,67%) das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma alta de 0,46% a 0,75%.
Os juros futuros ajustam-se para cima, influenciados ainda pelo avanço dos retornos dos Treasuries e do petróleo.
Há pouco, o euro desacelerou um pouco a alta frente o dólar após previsões ruins para a atividade na região. O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, disse em painel promovido pelo banco suíço UBS, em Zurique, que a comunicação do BCE sobre planos de começar a elevar juros em 25 pontos-base em julho é "firme", sinalizando que um aumento de juros mais agressivo não está sendo considerado. Também afirmou que a economia da zona do euro está perdendo ímpeto, segundo os últimos dados de atividade medidos pelos chamados PMIs, e previu que os próximos meses serão "difíceis".
No mesmo painel, o presidente da distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) em St. Louis, James Bullard, afirmou também que a antecipação de altas de juros pelo Fed é uma boa ideia, diante da atual situação de pressões inflacionárias.
Bullard disse esperar que os juros básicos dos EUA atinjam 3,5% este ano, criticou os modelos econômicos atuais, que "talvez não sejam um bom indicador de risco de recessão" e ponderou que a economia dos EUA poderá sofrer uma "desaceleração moderada, mas não significativa".
Às 9h47, o dólar à vista cedia a R$ 5,2140 (-0,37%). O dólar julho recuava 0,56%, a R$ 5,2230.