O dólar reduziu a alta inicial nesta sexta-feira em meio à queda do petróleo, após a commodity subir cerca de 1,5% mais cedo. Mas a falta de acordo para cessar-fogo da Rússia na Ucrânia apoia cautela com a inflação mundial e no Brasil. Os investidores precificam também uma queda leve da taxa de desemprego em janeiro no País.
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 11,2% no trimestre encerrado em janeiro, levemente abaixo da mediana esperada pelo mercado (11,3%) e dentro do intervalo das estimativas captadas pelo <i>Projeções Broadcast</i> (de 10,7% a 11,8%). Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua do IBGE estava em 14,5%. No trimestre encerrado em dezembro de 2021, a taxa de desocupação estava em 11,1%.
Entretanto, a renda média real do trabalhador caiu 9,7%, a R$ 2.489 no trimestre encerrado em janeiro, em relação ao mesmo período do ano anterior. Também a massa de renda real habitual paga aos ocupados caiu 0,9%, para R$ 232,594 bilhões no trimestre até janeiro, ante igual período de 2021.
No radar dos investidores está a conversa esperada para hoje entre os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, sobre a guerra na Ucrânia e questões comerciais. Ontem os EUA manifestaram "alta preocupação" de que a China envie equipamento militar para a Rússia e, desta forma, ajude Moscou a continuar a guerra na Ucrânia, segundo a secretária da Casa Branca, Jen Psaki. Ela disse que o fato da China ter se negado até agora a condenar a ação russa é significativo.
Mais cedo, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) arrefeceu a 0,90% na segunda prévia de março, de 1,94% na leitura de fevereiro.
Na quinta-feira, o dólar caiu no exterior e frente o real. Apesar do Fed ter prometido na quarta-feira elevar os juros em todas as reuniões deste ano, a leitura dos agentes foi de que não deve haver um movimento de intensificação no ritmo de aperto, o que foi bem recebido pelos investidores.
Às 9h38 desta sexta-feira, o dólar à vista subia 0,36%, a R$ 5,0521. O dólar para abril ganhava 0,16%, a R$ 5,0710.