O dólar reduz a queda intradia na manhã desta terça-feira em meio a expectativas pelo índice de inflação ao consumidor dos EUA (9h30).
Os juros futuros são pressionados pela alta dos retornos de Treasuries, após forte correção de baixa, principalmente da T-Note 2 anos, por temores de recessão nos Estados Unidos, na esteira da falência do Silicon Valley Bank (SBV) e do Signature Bank.
O monitoramento do CME Group apontava há pouco 72,3% de possibilidade de aumento de 25 pontos-base dos juros nos EUA na semana que vem e algumas casas, como Goldman Sachs e Capital Economics, já preveem possível manutenção do Fed funds.
Os investidores locais operam ainda na expectativa do arcabouço fiscal. Depois de apresentar hoje a proposta da âncora fiscal ao vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve levar o texto para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao longo da semana.
Haddad disse que já finalizou não só o arcabouço, mas a grade de parâmetros que considera adequada para "fazer a economia caminhar bem".
A ideia é encerrar os trâmites da proposta do arcabouço fiscal antes da viagem de Lula à China, no próximo dia 24. Na semana passada, o ministro apresentou a proposta para a colega do Planejamento, Simone Tebet. De acordo com a ministra, todos vão gostar do texto, inclusive o mercado financeiro.
Há pouco, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve sua previsão de alta na demanda global por petróleo em 2023, em 2,3 milhões de barris por dia (bpd), segundo relatório mensal publicado nesta terça-feira. Para 2022, o cartel reafirmou sua estimativa de aumento na demanda global em 2,5 milhões de bpd.
Na renda fixa, os investidores aguardam ainda o leilão de NTN-B e LFT do Tesouro (11 horas).
Às 9h13, o dólar à vista caía 0,54%, a R$ 5,240. O dólar abril caía 0,20%, a R$ 5,2570.