O dólar ignora a queda no exterior e teve máxima a R$ 5,2452 no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 3, após breve queda na abertura com o exterior positivo. A moeda americana estressou com novos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Barroso, e ameaças às eleições. O investidor olha ainda o ministro da Economia, Paulo Guedes, que disse que o número de precatórios chegou a R$ 90 bilhões. "Extrapolou possibilidade de reservas nossas", afirmou.
Após a abertura de inquérito administrativo pelo TSE e o envio de notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Bolsonaro pelas declarações infundadas de fraude no sistema eleitoral e ameaça à realização das eleições, Bolsonaro respondeu nesta manhã: "não aceitarei intimidações, não serão admitidas eleições duvidosas no ano que vem; o Brasil mudou, não aceitarei intimidações; vou continuar exercendo meu direito de cidadão"; e voltou a dizer que "o povo tem que estar armado".
Na agenda, a produção industrial ficou estável em junho ante maio, na série com ajuste sazonal – abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que era positiva em 0,15%. As previsões iam de queda de 2,60% a alta de 1,20%. Em relação a maio de 2020, a produção subiu 12,00%, também menor que a mediana de 12,50% (intervalo alta 6,84% a 16,10%). A indústria acumula alta de 12,9% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 6,6%.
Às 9h38 desta terça, o dólar à vista subia a R$ 5,2427. Abriu a R$ 5,1762, na mínima. O dólar futuro para setembro tinha alta de 1,25%, a R$ 5,2620.