Estadão

Dólar se alinha a apetite por ativos de risco no exterior antes de falas do Fed

O dólar no mercado local opera alinhado à queda no exterior em manhã de apetite por ativos de risco, que apoia altas das Bolsas internacionais, do petróleo e de algumas commodities agrícolas e recuo dos rendimentos dos Treasuries.

A aceleração do IGP-M a 1,85% na segunda prévia de abril, puxada principalmente pelos preços dos combustíveis, favorece as apostas de que o Copom poderá precisar esticar o aperto da Selic além da reunião do Copom de maio. Altas do petróleo e de alguns contratos futuros de açúcar, cacau e algodão, por exemplo, ajudam ainda a dar impulso a moedas emergentes e ligadas a commodities ante o dólar nesta manhã.

Mas operadores não descartam volatilidade e alta da moeda americana diante das expectativas por falas de três dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) durante a sessão: Charles Evans, de Chicago (11h30); Mary Daly, de São Francisco (12h25); e Raphael Bostic, de Atlanta (14 horas). Há possibilidade de que eles adotem um tom "hawkish" sobre a inflação, ajudando a fortalecer as apostas de aceleração do ritmo de aperto da política monetária para combater a elevação dos preços no país.

O mercado local monitora ainda a suspensão da greve dos servidores do Banco Central por duas semanas, com operação padrão. Nessa nova fase da mobilização, as atividades da autarquia devem ser retomadas, mas em ritmo mais lento.

Os servidores do BC estão em greve desde o dia 1º de abril, por tempo indeterminado, em busca de recomposição salarial de 26,3% e de reestruturação de carreira. O BC informou que os relatórios, notas e indicadores pendentes de divulgação ou programados serão divulgados "o mais cedo possível".

Às 9h34, o dólar à vista caía 0,26%, a R$ 4,6561. O dólar para maio recuava 0,30%, a R$ 4,6670.

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