Após dois dias em baixa, o dólar sobe e os juros futuros avançam na manhã desta quarta-feira, 15, enquanto o Ibovespa futuro caía 1,37%, reagindo à demissão do CEO da Petrobras Jean Paul Prates, por temores no mercado de ingerência política no comando da estatal. Contribuem também as perdas de petróleo e do minério de ferro, manutenção de juros na China e o recuo do IBC-BR de 0,34% em março, maior que a mediana esperada por analistas (-0,20%), segundo operadores.
De outro lado, o declínio dos rendimentos dos Treasuries e da moeda americana no exterior ameniza o mau humor no câmbio. Lá fora, investidores seguem focados no rumo da política monetária dos EUA e aguardam as leituras de abril da inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos e das vendas no varejo (9h30), além de falas de três dirigentes do Fed: Michael Barr (11h); Neel Kashkari (13h) e Michelle Bowman (16h20).
Na terça, 14, o presidente do Fed, Jerome Powell, definiu como "misto" o resultado do PPI de abril e reforçou que a política deve seguir restritiva até que haja confiança sobre a inflação, mas também comentou que não espera um aumento da taxa básica à frente.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) retraiu 0,34% em março, na série livre de efeitos sazonais. Em fevereiro, a alta havia sido de 0,34%, de acordo com dado revisado hoje. De fevereiro para março, o índice de atividade calculado pelo BC passou de 148,47 pontos para 147,96 pontos na série dessazonalizada. O resultado é o pior desde dezembro do ano passado, quando pontuou 147,22. O dado do IBC-Br veio pior que a mediana das expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, de recuo de 0,20% no indicador no mês. No geral, o intervalo aguardado ia de queda de 1,0% a crescimento de 0,60%.
Às 9h26 desta quarta, o dólar à vista subia 0,58%, a R$ 5,1598. O dólar para junho ganhava 0,64%, a R$ 5,1660.