O dólar opera em alta em meio à valorização da moeda americana e dos retornos dos Treasuries no exterior. Os investidores ajustam posições após uma reviravolta nas apostas de aperto monetário nos Estados Unidos na manhã desta quarta-feira, para alta majoritária de 75 pontos-base em vez de 50 pontos em setembro, de acordo com monitoramento do CME. Os investidores aguardam com grande expectativa a ata da última reunião monetária do Federal Reserve (15h).
As vendas no varejo nos EUA ficaram estáveis em julho ante junho, ante previsão de alta a 0,1%. Sem automóveis, as vendas no varejo americano avançaram 0,4% em julho ante junho, melhor que estimativa de estabilidade dos analistas do mercado.
Os mercados locais estão analisando a deflação do IGP-10, que veio mais forte do que o esperado. Nesta terça-feira, o dólar subiu pelo segundo dia consecutivo com ajustes após perdas acumuladas no mês e no ano.
A Fundação Getulio Vargas divulgou mais cedo que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) recuou 0,69% em agosto, após ter aumentado 0,60% em julho, uma deflação maior do que a estimada pelo <i>Projeções Broadcast</i> (-0,63%). O IGP-10 acumulou um aumento de 8,43% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 8,82%. As quedas nos preços da gasolina (-16,88%), passagem aérea (-28,95%), energia elétrica (-4,14%) e etanol (-10,82%) puxaram a deflação do IGP-10.
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) recuou em seis das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de agosto. Entre a primeira e a segunda leitura deste mês, o índice cheio passou de baixa de 1,13% para queda de 1,28%.
No exterior, o governo Chinês anunciou mais estímulos fiscais para ativar a economia, que vem desacelerando, gerando temores de recessão global e derrubando os preços das commodities. O petróleo está volátil e exibia sinais mistos mais cedo.
Na Europa, o euro e a libra passaram a cair com a mudança nas perspectivas de aperto de juros americano e após indicadores da região. O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro na segunda leitura do segundo trimestre veio abaixo do esperado e a inflação ao consumidor do Reino Unido em julho atingiu o maior nível em 40 anos.
Às 9h33 desta quarta-feira, o dólar à vista subia 1,39%, a R$ 5,2118. O dólar futuro para setembro ganhava 1,17%, a R$ 5,2335.