O dólar opera em alta nesta quarta-feira, após hesitar nos primeiros negócios. O mercado de câmbio ajusta-se à valorização do dólar, dos retornos dos Treasuries e do barril de petróleo no exterior, que opera acima de US$ 120 e amplia o pessimismo com a inflação global e alta de juros pelos Bancos Centrais de países desenvolvidos e no Brasil, que ameaçam a recuperação da atividade econômica. Temores fiscais continuam também no radar dos investidores locais.
A alta do petróleo alimenta o temor com inflação e aumenta a defasagem dos combustíveis em relação ao mercado internacional, elevando a pressão sobre a Petrobras por reajustes. E governadores se encontram hoje com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para falar sobre o projeto que fixa em 17% teto ao ICMS de combustíveis e energia.
A XP calcula que as medidas contra alta de combustíveis no Congresso têm custo potencial de R$ 178 bilhões em 12 meses.
O dólar começou o dia com alta moderada, a R$ 4,8803, em meio à cautela, mas perdeu força e chegou a cair à mínima a R$ 4,8663. Rapidamente, a moeda norte-americana voltou a subir e renovava máximas há pouco.
Mais cedo, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgou a safra brasileira de grãos 2021/22 se encaminha para a conclusão e a expectativa é de um novo recorde, com uma produção estimada em 271,28 milhões de toneladas. O volume representa um incremento de 6,2% sobre a temporada anterior, o que significa cerca de 15,8 milhões de toneladas a mais.
Às 9h42, o dólar à vista subia 0,50%, a R$ 4,8993, após máxima a R$ 4,9078 (+0,69%). Na mínima, caiu a R$ 4,8663 (-0,16%)O dólar julho ganhava 0,55%, a R$ 4,9310, após máxima a R$ 4,940 (+0,73%). A mínima, mais cedo, ficou em R$ 4,8985 (-0,11%)