O dólar desacelera a alta na manhã desta quarta-feira, após bater máxima a R$ 5,5061 diante das preocupações com a inflação alta no País. O IPCA de outubro teve avanço de 1,25%, acima do resultado de setembro de 1,16% e do teto de 1,19% das previsões do mercado (piso 0,92%; mediana 1,06%). Também é o resultado mensal do indicador é o mais alto desde 2002 (1,31%). O avanço de 10,67% do IPCA em 12 meses é o mais elevado desde janeiro de 2016 (10,71%). Em reação, o Ibovespa futuro recua mais do que as perdas exibidas pelos índices futuros de Nova York, diante das preocupações com a inflação no País.
A difusão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou de 64,99% em setembro para 66,84% em outubro, calcula o economista do Banco BV Raphael Rodrigues. A taxa de difusão mede a proporção de subitens que compõem o indicador e tiveram aumento de preços. Entre as maiores pressões sobre o indicador, destacam-se a disparada dos preços dos combustíveis, energia elétrica e dos automóveis.
A queda dos preços do petróleo e do minério de ferro nesta manhã no exterior contribuem ainda para apoiar o dólar no exterior. A moeda americana sobe ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities. Os investidores operam focados no CPI dos EUA (10h30).
No mercado local, o foco agora é na tramitação da PEC dos Precatórios no Senado, após aprovação em segundo turno na Câmara no fim da noite desta terça-feira.
Às 9h30 desta quarta, o dólar à vista subia 0,06%, a R$ 5,4981. O dólar futuro para dezembro ganhava 0,30%, a R$ 5,5155.