O dólar sobe no mercado à vista desde a abertura dos negócios nesta quarta-feira, mas está volátil no contrato de dezembro. Investidores operam sob cautela em meio a expectativas pelo pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva na COP-27, às 12h15 (de Brasília), a apresentação da PEC da Transição e de novos nomes que irão compor a equipe de transição. É esperado que Lula anuncie eventualmente nomes para ocupar ministérios, como de Meio Ambiente, mas o foco está na indicação de quem deverá ocupar o ministério da Economia.
A agenda interna é fraca e, nos Estados Unidos, uma série de discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) podem influenciar o dólar, que estende hoje perdas de ontem no exterior após o PPI dos EUA abaixo do esperado em outubro reforçar apostas em redução do ritmo de aperto de juros pelo Federal Reserve em dezembro. A curva dos Treasuries fechou em alta ontem e opera sem direção única nesta manhã, enquanto as bolsas internacionais exibiam sinais negativos há pouco, em um dia de cautela global por conta das tensões geopolíticas no Leste Europeu.
O presidente da Polônia, Andrzej Duda, afirmou a repórteres hoje que o míssil que atingiu o país e matou duas pessoas provavelmente era uma arma de fabricação russa disparada por um sistema de defesa aérea ucraniano.
Wall Street segue focada em sinalizações sobre os próximos passos do Fed, em meio ao tom pouco claro de dirigentes, que têm defendido mais aumentos de juros, só que em ritmo mais moderado. Entre eles, a presidente do Fed de Kansas City, Esther George, deu declaração nesse sentido em entrevista ao <i>The Wall Street Journal</i>, publicada hoje.
O petróleo está volátil, reverteu fraqueza de mais cedo e há pouco apenas o barril do Brent tinha ligeiro ganho, após notícia de que um navio petroleiro israelense foi atacado por um drone iraniano no Golfo do Omã, segundo informações da imprensa internacional. O fato dá fôlego à percepção de oferta global de petróleo apertada.
Na Europa, euro e libra sobem ante o dólar. No Reino Unido, a inflação ao consumidor atingiu novo recorde histórico e deve justificar nova alta de juros pelo Banco da Inglaterra (BoE).
Na agenda interna, o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) subiu 0,70% na segunda quadrissemana de novembro, ante alta de 0,71% na primeira quadrissemana do mês, segundo a Fundação Getulio Vargas. O indicador acumula alta de 4,65% em 12 meses, pouco menor que o avanço de 4,66% na primeira leitura de novembro.
Às 9h39, o dólar à vista subia 0,71%, a R$ 5,3372. O dólar dezembro oscilava perto da estabilidade, com viés de baixa de 0,09%, a R$ 5,3545.