Estadão

Dólar sobe com exterior e cautela fiscal e política local

O dólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta quarta-feira, após queda ontem. A moeda americana acompanha a valorização externa do índice DXY, que compara o dólar ante seis moedas principais, e também do dólar frente a grande parte das moedas emergentes ligadas a commodities com investidores à espera do índice de inflação ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos em julho, após dados fortes do mercado de trabalho no país.

Os ajustes dos ativos locais podem estar precificando também cautela diante da proposta incluída na PEC dos precatórios, que acaba com a regra de ouro do Orçamento e libera o endividamento do governo. Estão no foco ainda os desdobramentos da crise política institucional após duas derrotas do presidente Jair Bolsonaro no Congresso ontem à noite. O plenário da Câmara rejeitou o voto impresso por 229 votos a favor e 218 contrários, e o Senado aprovou projeto que revoga a Lei de Segurança Nacional (LSN) e outro projeto que define crimes contra o Estado Democrático de Direito, como a interrupção das eleições e o uso de fake news nos pleitos.

Bolsonaro disse nesta manhã que "450 deputados votaram sobre o voto impresso e, em sua visão, o placar na Câmara "foi dividido". "É sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE", afirmou, demonstrando que pode não corresponder à expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira, que disse esperar que o mandatário do País reconheça os resultados e encerre definitivamente este assunto.

Os investidores monitoram o resultado da produção industrial do país, que encolheu em 10 dos 15 locais pesquisados na passagem de maio para junho, mas cresceu em 10 dos 15 locais pesquisados em junho de 2021 ante junho de 2020.

Às 9h27, o dólar á vista subia 0,27%, a R$ 5,2092. Na renda fixa, o contrato de depósito interfinanceiro para janeiro de 2022 apontava taxa de 6,49%, ante 6,50% no ajuste ontem. O DI para janeiro de 2027 estava a 9,44%, de 9,43% no ajuste anterior.

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