Os juros futuros operam em alta leve, de olho no risco fiscal e ajuste positivo do dólar ante o real e no exterior em relação a outras divisas principais e algumas emergentes e ligadas a commodities, que operam sem direção única. Mas a queda dos juros dos Treasuries limita a correção das taxas futuras na B3.
O mercado de câmbio começa a última sessão do mês analisando a aprovação do projeto que restaura o voto de qualidade do Carf, comemorada pelo governo, e também à aprovação do projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de salários para 17 setores da economia até 2027, uma notícia negativa no âmbito fiscal.
A agenda desta quinta-feira, 31, traz o envio do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024 ao Congresso Nacional, previsto para 16h, o leilão de LTN e NTN-F (11h) e a inflação PCE nos Estados Unidos (9h30).
Na Europa, integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel afirmou que o quadro atual é de "incerteza" para a economia da zona do euro. O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, afirmou hoje que "tende a preferir" uma abordagem de manter os juros constantes por mais tempo. Nos EUA, o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, defendeu postura cautelosa na política monetária, no quadro atual, ao considerar que ela já está em nível "apropriadamente restritivo".
Os analistas do mercado financeiro permaneceram cautelosos com as perspectivas para a atividade econômica chinesa, após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI) industrial e do setor de serviços do país. A Capital Economics diz que os dados sugerem uma "leve melhora" da atividade econômica chinesa.
O dólar opera em alta no mercado à vista em meio ao aumento de rolagens de contratos cambiais e disputa técnica em torno do fechamento da taxa Ptax, a última de agosto, que será definida durante a manhã e informada ao mercado depois das 13h. Os sinais no mercado de câmbio são divergentes e o dólar futuro de outubro, contrato mais negociado a partir de hoje, tinha viés de baixa de 0,09%, a R$ 4,9055 por volta das 9h10.
Às 9h22 desta quinta, o dólar à vista subia 0,17%, a R$ 4,8770. O dólar para outubro, mais negociado a partir de hoje, caía 0,32%, a R$ 4,8775.