O dólar opera em alta na manhã desta quinta-feira, 21, em sintonia com o ambiente de cautela nos mercados internacionais. Depois da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que acenou na quarta-feira, 20, com um possível aumento de juros em novembro, os ativos reagem nesta quinta-feira a novas decisões sobre juros de outros bancos centrais. O temor de que as políticas monetárias restritivas se estendam por mais tempo também derruba as bolsas de valores, o que não deve ser diferentes por aqui.
Na quarta, o Fed manteve suas taxas de juros inalteradas, conforme o previsto, mas não fechou a porta para um ajuste residual em novembro. Os retornos dos Treasuries operam sem sinal único. Porém, o do T-bond de 30 anos ganhava fôlego e atingiu há pouco máxima desde abril de 2011.
No Reino Unido, a reunião do Banco da Inglaterra (BoE) terminou nesta quinta com manutenção dos juros básicos, enquanto o mercado estimava uma elevação de juros. Cinco votos dos diretores foram favoráveis à manutenção, enquanto quatro defenderam um aumento de juros. A Capital Economics considerou que a decisão do BOE provavelmente significa que a taxa já atingiu seu pico.
"Achamos que os juros ficarão nesse pico de 5,25% por mais tempo do que…os investidores esperam", diz a consultoria britânica em nota a clientes. Para a Capital, o BoE deverá começar a reduzir juros no fim de 2024, em ritmo mais amplo e rápido do que se espera.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou na quarta-feira a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual e acenou com novo ajuste à frente, na mesma proporção, como esperado por parcela majoritária no mercado.
Às 10h10, o dólar à vista era negociado a R$ 4,9253, em alta de 0,93%. O dólar futuro para liquidação em outubro avançava 0,91%, para R$ 4,9315.