O dólar à vista começou a sessão desta quinta-feira em queda, na esteira da aprovação em primeiro turno da PEC dos Precatórios na Câmara ontem à noite. Mas já mudou de sinal e subia por volta das 9h25, puxado pelo fortalecimento da divisa americana no exterior, após o Banco da Inglaterra (BoE) manter a taxa básica de juros em 0,1%, contrariando expectativas do mercado.
O ajuste de baixa do dólar foi passageiro também diante da votação incompleta da PEC dos Precatórios. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) disse ao <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a votação dos destaques da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios será feita na próxima terça-feira, 9. Barros está reunido com parlamentares na residência do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) para discutir os próximos passos da tramitação do texto, que foi aprovado na madrugada desta quinta-feira.
No exterior, a libra ampliou queda ante o dólar e renovou mínimas intraday, e os juros dos Gilts (os títulos públicos britânicos) despencaram, após o Banco da Inglaterra (BoE) manter a taxa básica de juros em 0,1%, contrariando expectativas do mercado.
Os dados de produção industrial são monitorados. A produção industrial caiu 0,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio idêntico à mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo <i>Projeções Broadcast</i>, que esperavam desde uma queda de 1,3% a alta de 0,7%. Em relação a setembro de 2020, a produção caiu 3,9%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de um recuo de 6,2% a 1,2%, com mediana negativa de 4,2%. A indústria acumula alta de 7,5% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 6,4%.
Às 9h26 desta quinta, o dólar à vista subia 0,14%, a R$ 5,5973, ante mínima a R$ 5,5643 (-0,45%0 registrada na abertura da sessão. O dólar futuro para dezembro ganhava 0,78%, a R$ 5,6245.