O dólar acelerou a alta à máxima aos R$ 5,2754 no mercado à vista na manhã destas sexta-feira, 21, acompanhando a ampliação do ganho externo, na esteira do aumento dos retornos dos Treasuries em meio a perspectivas de continuidade do aperto de juros agressivo do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) para combater a escalada da inflação nos Estados Unidos.
Os juros longos dos Treasuries ganharam força e bateram máximas diárias, com destaque para o da T-note de 10 anos, que ultrapassou a marca de 4,3% pela primeira vez desde 2007, a 4,304% no maior nível intraday. Marca superior a esta ocorreu pela última vez em novembro de 2007, quando o rendimento do título teve máxima de 4,380%. A renda fixa americana segue a tendência de quinta-feira, à medida que investidores se posicionam para um período longo de custos de empréstimo elevados nos EUA.
Com a agenda interna fraca, os investidores ajustam posições cambiais, após queda de mais de 1% do dólar frente o real, ontem, com a apertada disputa presidencial no País. Com a correção para cima hoje, as perdas computadas frente o real diminuíam para 2,33% em outubro e 5,50% em 2022 por volta das 9h30.
No radar local, nas próximas horas, ficam os discursos de dirigentes do Fed John Williams (Nova York) e Mary Daly (São Francisco) previstos para às 10h e 12h30.
No mercado local, os investidores já estão bem posicionados quantos aos próximos passos do Comitê de Política Monetária (Copom), que anuncia decisão de juros na próxima quarta-feira. A expectativa majoritária para o Copom é de manutenção da Selic em 13,75% pelos próximos meses, enquanto nos EUA, as apostas são de mais uma alta de 75 pontos-base, em 2 de novembro.
Às 9h36 destas sexta, o dólar à vista subia 0,99%, a R$ 5,2694. O dólar para novembro ganhava 1,01%, a R$ 5,2775.