O dólar opera em alta na manhã desta terça-feira, 2, alinhado à valorização dos rendimentos dos Treasuries e da moeda americana no exterior. Contudo, a alta interna do dólar é amenizada pelos ganhos firmes do petróleo e minério de ferro nesta terça.
Lá fora, o dólar acelerou ganhos contra o euro e a libra nesta manhã, impulsionando o índice DXY a renovar máxima intraday, enquanto os juros dos Treasuries avançam, após encerrarem 2023 sem direção única. A moeda americana avança também frente várias divisas emergentes e ligadas a commodities.
Os investidores estão à espera de novos indicadores dos EUA para avaliar quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) poderá começar a reduzir juros. Hoje saem a leitura final do PMI industrial medido pela S&P Global e dados sobre investimentos em construção, mas os destaques na semana são a ata da reunião de dezembro do Federal Reserve, na quarta-feira, 3, e o relatório payroll dos EUA, na sexta-feira. Por enquanto, as apostas são de que o primeiro corte de juros do Fed virá em março. Aqui, a expectativa é de novos cortes da taxa Selic em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões do Copom, do Banco Central.
No mercado local, os investidores analisam o boletim Focus, após a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) em dezembro. No Focus, a expectativa para a inflação anual em 2023 seguiu em 4,46%. Um mês antes, a mediana era de 4,54%. Para 2024, foco da política monetária, a projeção de IPCA mudou levemente, de 3,91% para 3,90%. Há um mês, estava em 3,92%.
Na cena local, a questão fiscal continua no foco, especialmente por causa da oposição do Congresso à Medida Provisória (MP) que trata das compensações pela extensão da desoneração da folha de pagamentos até 2027.
Às 9h25, o dólar à vista subia 0,26%, a R$ 4,8658. O dólar para fevereiro ganhava 0,26%, a R$ 54,8795.