Estadão

Dólar sobe por cautela externa e de olho em indicadores e Campos Neto

O dólar sobe ante o real, acompanhando a valorização externa frente divisas rivais e algumas moedas emergentes ligadas a commodities. Os investidores digerem as vendas no varejo restrito e ampliado no país, que vieram fracas de modo geral. Estão monitorando agora o início de audiência com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Campos Neto deve explicar as razões de manter os juros altos, com Selic a 13,75%. É esperado também que a autoridade justifique por que o BC errou nos cálculos de fluxo cambial em 2021 e 2022, apontando saldos positivos quando na realidade ficaram negativos nesses dois anos.

No radar estão ainda indicadores do setor externo e investimentos diretos no País, divulgados antes da abertura dos negócios. Há expectativas ainda pelos resultados de arrecadação federal em março (10h30).

O Banco Central (BC) informou também mais cedo que o fluxo cambial total no País está negativo em US$ 1,238 bilhão em abril até o dia 19. A cifra é resultado de um fluxo comercial positivo de US$ 1,447 bilhão e de um fluxo financeiro negativo de US$ 2,685 bilhões no período.

No exterior, persiste cautela com expectativas de altas de juros nos Estados Unidos e Europa, na próxima semana, e com balanços do primeiro trimestre de empresas e bancos americanos.

Às 9h22, o dólar à vista subia 0,40%, a R$ 5,0615. O dólar para maio ganhava 0,48%, a R$ 5,0645.

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