Estadão

Dólar sobe por cautela fiscal e de olho em Lula

O dólar ficou volátil nos primeiros negócios desta sexta-feira, 20, em meio aos sinais mistos no exterior, mas voltou a subir no mercado à vista diante do fortalecimento do índice DXY do dólar ante seis moedas rivais. O euro passou a cair ante o dólar, após subir mais cedo, reagindo a temores de recessão na Europa em meio a sinais "hawkish" na política monetária e após inesperada queda no varejo britânico e desaceleração da inflação ao produtor da Alemanha.

Os investidores locais monitoram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reúne com o Ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e Ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (9h) e depois tem encontro com o presidente da Fiesp, Josué Gomes (10h).

Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta mais moderada, após Padilha ter garantido não haver "nenhuma predisposição" do governo em mudar a relação com o Banco Central, acalmando os ânimos exaltados do mercado diante de críticas do presidente Lula ao BC. Para a jornalista do <i>Estadão</i> Adriana Fernandes, a crítica de Lula ao BC tem a meta de inflação como alvo, mostrando que o presidente pode querer mudá-las na tentativa de brecar o risco de uma recessão econômica.

No radar externo estão discursos de dois dirigentes do Federal Reserve – Patrick Harker, de Filadélfia (11h) e do diretor Christopher Waller (15h) -, além das vendas de moradias usadas dos EUA (12h).

Às 9h39 desta sexta, o dólar à vista ganhava 0,40%, a R$ 5,1918. O dólar fevereiro subia 0,40%, a R$ 5,2005.

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