O dólar opera em alta em dia de leilões de linha (venda de dólares com compromisso de recompra futura), com oferta nova de até US$ 1 bilhão na manhã desta quarta-feira, 19, além de operações de rolagem de até US$ 3 bilhões de vencimentos de linha de novembro. A demanda local por dólar, que reflete ainda uma realização, ocorre após quedas acumuladas nas últimas sessões, que sustentam perdas em outubro de 2,59% e, em 2022, de -5,76% frente o real.
A correção frente o real acompanha a valorização externa da moeda norte-americana, seguindo o movimento dos juros dos Treasuries, que renovaram máximas em vários anos nesta manhã em meio à perspectiva de mais aperto monetário nos EUA.
As atenções ficam agora no Federal Reserve, que divulga o Livro Bege (15h), além de discursos de dirigentes do BC dos Estados Unidos: de Minneapolis, Neel Kashkari (14h); de Chicago, Charles Evans (19h30); e de St. Louis, James Bullard (19h30).
Lá fora, com a busca de proteção, o iene atingiu novas mínimas em relação ao dólar em 32 anos. Além disso, a libra e o euro seguem pressionados após o CPI do Reino Unido acima do esperado, que reforça apostas em altas de 75 pontos-base ou 100 p.b. nos juros pelo Banco da Inglaterra em novembro. O CPI da zona do euro atingiu recorde também em setembro, mas ficou em linha com as previsões.
Às 9h34 desta quarta, o dólar à vista subia 0,77%, a R$ 5,2915. O dólar para novembro avançava a R$ 5,3005 (+0,86%).