Estadão

Dólar sobe por impasse sobre dívida dos EUA e com arcabouço no foco

O dólar volta a subir ante o real sob influência da valorização global persistente da divisa americana em meio ao impasse nas negociações sobre o teto da dívida dos EUA. No mercado interno, os ajustes de posições consideram ainda uma melhora no varejo em março no País.

As vendas do comércio varejista subiram 0,8% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, contrariando a mediana das previsões dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava queda de 0,2% nas vendas do varejo.

Na comparação com março de 2022, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,2% em março de 2023, também acima da mediana positiva de 0,7%. As vendas do varejo restrito acumularam crescimento de 2,4% no ano, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior. Em 12 meses, houve alta de 1,2%.

Os investidores locais operam na expectativa pela votação da urgência do projeto de lei do arcabouço fiscal na Câmara, que acelera a tramitação da pauta. O deputado Claudio Cajado (PP-BA) apresentou nesta terça-feira, 16, o relatório preliminar com regras mais duras no caso de descumprimento da meta fiscal, renomeado para Regime Fiscal Sustentável.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na manhã desta quarta-feira, 17, que acredita na aprovação do regime de urgência do projeto do arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados ainda hoje, e na votação do mérito na próxima semana.

"Tive a conversa com os líderes anteontem (segunda-feira) e depois não voltei a falar com eles. Pelo que ouvi dos relatos, acredito que aprove a urgência hoje para votar na semana que vem", disse Haddad no Ministério da Fazenda.

Ainda nesta manhã, o ministro participa de sessão conjunta das comissões de Desenvolvimento Econômico, Finanças e Tributação, e Fiscalização Financeira e Controle na Câmara dos Deputados.

Às 9h23 desta quarta, o dólar à vista subia 0,13%, a R$ 4,9490. O dólar junho ganhava 0,10%, a R$ 4,9595.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,12%, aos R$ 4,9428, sob influência externa por cautela com a dívida americana, dados econômicos fracos na China e uma realização após acumular perdas de 2,46% nas cinco sessões anteriores.

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