Estadão

Dólar sobe reagindo a sinais de desaceleração da China e Europa

O dólar opera em alta moderada na manhã desta segunda-feira, 16, após cair na sexta-feira. O mercado local acompanha a tendência de alta do dólar no exterior em relação a outras divisas emergentes e ligadas a commodities, após dados econômicos da China piores do que o esperado e a manutenção de juros no país para tentar evitar uma desaceleração maior da economia local.

Dados econômicos abaixo das previsões na zona do euro pesam também no sentimento dos investidores em meio a revisões para cima na inflação do bloco econômico.

No mercado local, ruídos em torno da Petrobras ficam no radar, além das estatísticas fiscais do Setor Público Consolidado de março.

Os investidores monitoram ainda reação da Rússia, após a Finlândia e a Suécia decidirem solicitar formalmente nesta semana o pedido de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os anúncios foram feitos ontem pelas autoridades dos dois países, apesar das ameaças russas de retaliação.

O índice DXY do dólar ante seis divisas principais reduziu as perdas intradia há pouco, enquanto o euro oscila perto da estabilidade. Mais cedo, o euro foi pressionado ante o dólar pelo corte das projeções para o crescimento do bloco econômico pela União Europeia e também após a elevação de suas previsões de inflação para a região.

Na China, as vendas no varejo em abril caíram 11,1% na comparação internaual(expectativas eram de -6,6%), a Produção industrial em abril cedeu 2,9% (expectativas de +0,5%) e as vendas de moradias sofreram queda anual de 32,2% no primeiro quadrimestre de 2022, refletindo os impactos da atual onda de covid-19, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS, na sigla em inglês) do país. O resultado mostrou piora em relação ao declínio de 25,6% observado no primeiro trimestre. Por outro lado, o PBOC anunciou redução de taxa de hipoteca para compra de primeiro imóvel, enquanto Shangai aproxima-se da meta da política de Covid-19 zero para flexibilizar medidas de restrição.

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) arrefeceu a 0,41% na segunda quadrissemana de maio, após alta de 0,83% na primeira leitura. O indicador acumula alta de 10,17% em 12 meses, menor do que o avanço de 10,64% no período até a primeira quadrissemana.

Às 9h27, o dólar à vista subia 0,37%, a R$ 5,0762. O dólar futuro para junho ganhava 0,23%, a R$ 5,0995.

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