O dólar à vista teve abertura volátil nesta terça-feira, 20, mas passou a exibir alta e renovou máxima aos R$ 5,3245 (+0,29%). Os investidores ajustam posições em meio a sinais mistos do dólar e alta de juros de títulos de governos desenvolvidos, como Treasuries e Gilts alemão, no exterior. O volume de negócios ainda é baixo e as expectativas estão voltadas principalmente para as negociações e a votação da PEC da Transição na Câmara, prevista para hoje, além de novas indicações para ministérios do futuro governo.
O futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está reunido nesta manhã com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no hotel em que ambos estão hospedados. Ainda na manhã desta terça-feira, Haddad terá nova reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na residência oficial da Casa, para tratar da votação da PEC, que está na pauta do plenário.
Na noite de segunda-feira, 19, após outra reunião com Lira, Haddad disse que iria conversar com os líderes da Câmara para continuar negociando a aprovação da texto, além de explicar o que o novo governo pretende fazer com as emendas de relator, que foram declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, o trabalho iria "varar a madrugada" de ontem para hoje.
Há ainda a expectativa de que Haddad anuncie nesta terça os nomes para o comando do Tesouro Nacional e da Secretaria de Política Econômica (SPE), em entrevista no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde funciona o gabinete de transição.
No exterior, predomina cautela com altas de juros e riscos de recessão e após ação do Banco do Japão no mercado. Com petróleo e minério de ferro em alta nesta terça, os ADRs da Vale e Petrobras subiam levemente em Nova York há pouco.
Às 9h49, o dólar à vista subia 0,22%, a R$ 5,3210, após máxima aos R$ 5,3245 (+0,29%) e mínima em baixa após abertura aos R$ 5,2927 (-0,31%). O dólar janeiro ganhava 0,28%, a R$ 5,3290.