Depois de ter caído 1,67% na terça-feira, 11, de volta ao patamar dos R$ 5,57 no mercado à vista, o dólar volta a subir na manhã desta quarta-feira, dia 12, ainda que levemente. Um ajuste já era esperado, em um ambiente de liquidez reduzida e em meio ao compasso de espera pela divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos, o CPI, às 10h30. A agenda doméstica é escassa, o que contribui para limitar as oscilações do dólar.
"No Brasil, sem maiores novidades do front doméstico, os ativos devem continuar direcionados pelo panorama global, ainda que o rol de preocupações locais para 2022 siga como um limitante à melhora", disse Silvio Campos Neto, economista-chefe da Tendências Consultoria.
No noticiário da manhã, o presidente Jair Bolsonaro editou decreto que zera alíquotas de impostos para a importação de alguns produtos hospitalares. Foram reduzidas as alíquotas do PIS/PASEP e Cofins para a compra de cateteres intravenosos periféricos, base de fixação tipo borboleta, tubo plástico com conector, obturador entre outros. Para compensar a perda de arrecadação, será elevada de 5% para 10% a alíquota de IPI incidente sobre vidros planos classificados. A redução valerá apenas para 2022 – nos anos seguintes, a mudança será integrada ao Orçamento Geral da União (OGU).
Bolsonaro também editou decreto que permite que ministros e outros servidores voem em classe executiva para o exterior. A medida representa um recuo em relação a decisão do ex-presidente Michel Temer que, em fevereiro de 2018, havia editado decreto instituindo que voos para fora do País seriam feitos exclusivamente em classe econômica e que qualquer upgrade seria pago pelo próprio servidor.
Às 10h01, o dólar à vista era negociado a R$ 5,5842, em alta de 0,08%. No mercado futuro, a divisa para liquidação em fevereiro subia 0,24%, aos R$ 5,6070. O Dollar Index (DXY), que mede a variação do dólar ante seis moedas fortes, tinha estabilidade.