Estadão

Dólar à vista sobe com realização após quatro quedas seguidas, mas curva de Treasuries limita

O dólar sobe no mercado à vista, com uma realização de lucros após cair nas últimas quatro sessões. O ajuste local encontra suporte na valorização leve da divisa americana frente pares rivais e algumas emergentes, mas o recuo dos juros dos Treasuries e alta do minério de ferro limitam.

A agenda externa é mais fraca nesta segunda-feira, 29, e os investidores repercutem os dados de lucro industrial na China em meio à espera dos resultados do Governo Central em dezembro e em 2023 (10h30). O minério de ferro subiu 1,06% em Dalian, na China, o que é boa notícia para o real, apesar do pedido da Justiça de Hong Kong para a liquidação da chinesa Evergrande, depois da incorporadora não conseguir chegar a um acordo com seus credores. O petróleo está volátil e exibia viés de alta em meio a tensões persistentes no Oriente Médio.

A semana tem uma agenda pesada com vários condutores para os ativos financeiros locais, principalmente os juros futuros, em especial as decisões de política monetária do Copom e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), na quarta-feira, 31, e o relatório de emprego dos EUA, o payroll, na sexta-feira. O Banco da Inglaterra também anuncia decisão monetária, na quinta-feira. O consenso no mercado é de manutenção de juros pelo Fed (à faixa de 5,25% a 5,50%) e Banco da Inglaterra (em 5,25% ao ano), e de corte de 0,50 ponto porcentual da Taxa Selic pelo Copom, para 11,25% ao ano.

E pela primeira vez desde o começo da mobilização dos servidores do Banco Central, a divulgação do Relatório de Mercado Focus, que sempre é divulgado nas manhãs de segunda-feira, será publicado apenas nesta terça, 30, às 8h30. Além disso, pelo quarto mês consecutivo, haverá um atraso na publicação das notas econômico-financeiras mensais pela autoridade monetária. Os dados referentes a dezembro e ao encerramento de 2023, que deveriam ser divulgados nesta e na próxima semana, serão publicados apenas na segunda semana de fevereiro.

Mais cedo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) cresceu 1,8 ponto porcentual em janeiro, a 97,4 pontos, na série com ajuste sazonal, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado é o maior para o indicador desde agosto de 2022, quando atingiu 100,0 pontos. Com o resultado agora divulgado, a média móvel trimestral do índice avançou 2,2 pontos, para 95,4 pontos.

ÀS 9h44 desta segunda, o dólar à vista subia 0,13, a R$ 4,9170, após acumular queda na semana passada de 0,32%, mas com ganho em janeiro de 1,19% ante o real. O dólar para fevereiro caía 0,07%, a R$ 4,9185, com ajustes ante o fechamento anterior.

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