Estadão

Dólar à vista tenta subir com realização, mas queda externa puxa para baixo

O dólar no mercado à vista abriu nesta segunda-feira, 12, com viés de alta, já caiu e há pouco retomou sinal positivo, em meio a uma demanda de importadores após perdas acumuladas frente o real de 1,54% na semana passada e de 3,88% em junho. Lá fora, a moeda norte-americana recua ante outras rivais, como euro, libra e iene, e opera sem direção única em relação a moedas emergentes ligadas a commodities, com investidores apostando na chance de pausa na alta de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na quarta-feira, e de mais uma elevação de 25 pontos-base pelo Banco Central Europeu, na quinta-feira.

As taxas de juros ampliam a devolução de prêmios no mercado de renda fixa, após novos cortes em projeções para o IPCA no boletim Focus, renovados sinais de desaceleração da inflação no Brasil e de avanço da reforma tributária na Câmara. Segundo operadores, o contexto local favorece a chance de cortes da Selic a partir de agosto.

Na Focus, a mediana para o IPCA fechado em 2023 caiu de 5,69% para 5,42%; a de 2024 saiu de 4,12% para 4,04%; a de 2025 variou de 4,00% para 3,90%; e a de 2026 cedeu de 4,00% para 3,88%.

Entre outros índices de inflação, o IGP-M recuou 1,95% na primeira prévia de junho, após cair 1,13% na mesma leitura de maio. O IPC-Fipe subiu 0,11% na primeira quadrissemana de junho, após avanço de 0,20% em maio. O IPC-S, da FGV, apresentou variação zero na primeira leitura deste mês, depois de ter fechado com alta de 0,08% no mês anterior.

Sobre a reforma tributária, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do grupo de trabalho da proposta na Câmara, em entrevista ao <i>Canal Livre</i>, exibida no domingo pela Band, considerou que o texto está finalmente maduro para ser votado.

Ficam ainda no radar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reunião com ministros e lideranças do governo no Congresso, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que profere palestra em evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), em São Paulo (15h30).

Às 9h41, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,03%, a R$ 4,8777. Na mínima, caiu a R$ 4,8687 (-0,16%) e na máxima subiu a R$ 4,8897 (+0,27%). O dólar julho caía 0,12%, a R$ 4,8985.

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