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Dólar à vista têm viés de alta, com ajustes após quatro quedas seguidas

O dólar fraco no exterior limita a alta do dólar à vista, que passa por ajustes nesta sexta-feira, 25, após quatro baixas seguidas. Os agentes de câmbio monitoram a alta de 0,83% do IPCA-15 de junho, abaixo da mediana esperada pelo mercado, de 0,85%, e dentro do intervalo de previsões captadas pelo <i>Estadão/Broadcast</i>, de 0,67% a 0,92%.

Com o resultado agora anunciado, o IPCA-15 acumulou um aumento de 4,13% no ano. A taxa em 12 meses ficou em 8,13%, acima do teto da meta de inflação de 2021 (5,25%), mas abaixo também da mediana projetada pelo mercado (8,16%). As projeções iam de avanço de 7,96% a 8,23%.

A difusão do IPCA-15 arrefeceu de 67,57% em maio para 65,67% em junho, calcula o economista do Banco BV Raphael Rodrigues. A taxa mede o quanto a alta de preços está disseminada no indicador.

Os investidores, agora, esperam o indicador do PCE, que é a medida de inflação mais olhada pelo Federal Reserve dos EUA, que pode provocar ajustes dos ativos globais e deve dar novos subsídios às discussões entre dirigentes do Fed e nos mercados sobre o momento de início da retirada de estímulos e da alta de juros nos EUA.

Mais cedo, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram o julgamento em plenário virtual sobre a autonomia do Banco Central. O ministro Luis Roberto Barroso divergiu do relator da ação, Ricardo Lewandowski, e votou a favor do reconhecimento da autonomia da autoridade monetária.

A votação, porém, foi novamente interrompida por um pedido de destaque apresentado pelo ministro Dias Toffoli, em movimentação que suspende o julgamento para que seja retomado no Plenário físico da Corte. Não há prazo para a ação voltar a ser discutida, pois agora depende do presidente do STF, Luiz Fux, definir uma data para o encontro presencial dos ministros.

Vários dados locais já foram divulgados mais cedo. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 0,78% na terceira quadrissemana de junho, acelerando em relação à alta de 0,68% verificada na segunda quadrissemana deste mês, segundo a Fipe.

O Índice Nacional de Custos da Construção – M (INCC-M) subiu de 1,80% em maio para 2,30% em junho. Com a leitura, o indicador atingiu a maior taxa mensal desde os 2,67% registrados há 13 anos, em junho de 2008.

E o Índice de Confiança da Construção (ICST) avançou 5,2 pontos em junho, pelo segundo mês seguido. Com a maior alta mensal desde julho de 2020, o indicador de sondagem do setor chegou a 92,4 pontos, com ajuste sazonal, próximo ao nível de janeiro (92,5).

Às 9h24 desta sexta, o dólar à vista tinha viés de alta de 0,05%, a R$ 4,9072. O dólar futuro para julho recuava 0,17%, a R$ 4,9080.

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