Ele tem 39 anos e há 20 disputa corridas de rua pelo País. Nascido em São Paulo e criado no bairro de Vila Guilherme, Zona Norte da Capital, há cinco anos mudou-se para Guarulhos onde formou uma equipe de atletismo que vem despontando nas principais provas da modalidade. Emerson de Macedo é o nome dele e também um daqueles bons papos que, à medida em que a conversa vai avançando, uma história de superação e determinação se revela.
Sua história no atletismo começou de forma triste e difícil, mas que ganharia páginas de felicidade nos anos seguintes. “Eu tinha problemas com alcoolismo. Fiquei oito vezes interno e, em uma destas vezes, vi uma palestra com um professor de atletismo chamado Valmir Nunes. Foi aí que despertei tanto para o esporte, quanto para a saída do vício”, revelou o corredor.
O começo foi gradual, mas em pouco tempo, Macedo conseguiu entrar para uma das mais conhecidas equipes do atletismo brasileiro: a equipe Pão de Açúcar. “Dois anos após começar a correr eu estava ao lado de Wanderley Cordeiro de Lima (medalhista olímpico) e Marilson da Nóbrega (b-campeão da maratona de Nova Ioque). Era uma honra estar ao lado deles. Foi uma vitória”, disse Macedo.
Colecionador de títulos em corridas como a meia maratona de Salvador, meia de Campinas e meia da Praia Grande, Macedo analisa de forma positiva o futuro do atletismo País para os próximos anos, principalmente em Guarulhos. “Guarulhos é um celeiro de talentos. Trabalhamos com alguns deles já e posso dizer que a modalidade que mais cresce na cidade, é o atletismo”, opinou o campeão. “O que falta ainda é um trabalho de base onde profissionais capacitados possam identificar em cada crianças, qual o esporte que ele melhor se sairia. As vezes a criança quer ser jogador de futebol, mas seria um excelente corredor”, acrescentou.
Atleta funda ONG para retribuir a força no passado
Além da equipe de atletismo EMK10, Emerson de Macedo fundou também uma ONG – de mesmo nome da equipe – para auxiliar pessoas que queiram sair do vício e recomeçar a vida. Essa foi a forma que o atleta encontrou para retribuir o que por ele foi feito no passado. “O esporte é uma ferramenta poderosa para tirar as pessoas do vício. E é isso o que fazemos na ONG. Além de iniciar essa pessoa no esporte, temos toda uma equipe de médico, treinador e fisioterapeuta para que dar todo suporte a quem queira superar suas dificuldades”, disse o atleta.
Serviço:
Mais informações sobre a ONG e a equipe EMK10 no telefone 2086-0670 ou 6272-1657
