Congestionamento de trânsito é algo que afeta, além da paciência dos motoristas, a qualidade de vida dos habitantes, a arquitetura das cidades e custa muito dinheiro para governos e população. Motores dos veículos sofrem e aumentam os gastos de manutenção. No Brasil começou a alterar hábitos de consumo, a exemplo da súbita ascensão do câmbio automático, antes restrito a modelos grandes. Agora, avançou muito em carros médios e até começou a crescer entre os compactos.
Se serve de consolo, o país mais congestionado do mundo é a Tailândia, seguida por Indonésia, Colômbia e Venezuela. O Brasil divide a quinta colocação com EUA e Rússia. Esse levantamento foi feito pela Inrix, empresa sediada em Washington, EUA, especializada na coleta e análise de dados de tráfego em cidades e estradas ao redor do mundo. O relatório sobre o ano de 2017, publicado recentemente, compilou dados de 1.360 cidades.
Para quem vive na maior cidade brasileira, São Paulo parece ser a mais congestionada do globo. Mas não é. Esse “troféu” fica com Los Angeles, seguida por Nova York e Moscou (empatadas). Aí sim, aparece a capital paulista, em quarto lugar, seguida por San Francisco, Bogotá, Londres, Atlanta, Paris e Miami (décima colocada).
A conta é bastante pesada nos EUA, país desenvolvido que mais sofre com o trânsito lento, segundo a revista Fortune. No ano passado, atingiu US$ 305 bilhões (R$ 980 bilhões), média de US$ 1.445 (R$ 4.600) por veículo. Grande parte do problema, no entanto, pode se resolver quando automóveis autônomos se inserirem na paisagem urbana.
Eles vão permitir melhor aproveitamento das vias ao gerenciar a distância de segurança entre os veículos, praticamente eliminar acidentes (inclusive atropelamentos) e manter velocidade mais constante possível para menor consumo de combustível e menos emissões. A companhia de telecomunicações francesa Orange prevê que frotas de carros sem motoristas diminuirão bastante a necessidade de estacionamentos, livrando espaço nas cidades para parques e árvores.
Outro estudo interessante foi feito pela KPMG, empresa de consultoria de âmbito mundial. Quais seriam, hoje, os 20 países mais preparados para a era dos veículos autônomos, mesmo sem ser possível saber quando realmente se tornarão relevantes? Cenário ideal, porém ainda mais difícil de prever, seria associação dessa tecnologia com veículos elétricos.
Ainda assim, conseguiu concluir o primeiro levantamento desse tipo já realizado. Considerou disposição da população em adotar o recurso, ambiente regulatório, atividades de pesquisa e desenvolvimento e também a disponibilidade de pontos de carregamento de veículos elétricos.
O primeiro lugar ficou com a Holanda, seguido por Cingapura, EUA, Suécia, Reino Unido, Alemanha, Canadá, Emirados Árabes Unidos, Nova Zelândia e Coreia do Sul, nas dez primeiras posições. Brasil aparece em 17º, à frente de Rússia, México e Índia.
Por aqui, os grandes problemas serão mesmo a infraestrutura de telecomunicação e da própria malha viária, pois regulamentação e tecnologias poderiam vir do exterior. Até lá, é sofrer com os congestionamentos.
RODA VIVA
GENERAL MOTORS pretende tornar-se primeiro fabricante com produto idêntico para Brasil e Argentina. Ideia é reduzir custos ao produzir um veículo padronizado que dispense adaptações para um ou outro mercado, incluindo central de gerenciamento do motor. Produto será o Spin que receberá atualizações de estilo e interior, em maio próximo.
RENAULT iniciou a comemoração de seus 120 anos de existência com participação especial no maior salão europeu exclusivamente dedicado a automóveis antigos e clássicos, o Rétromobile, em Paris. Na exposição encerrada dia 12 último, exibiu 20 modelos de maior importância em sua história. Marca francesa criou o segmento de minivans com o Espace, em 1984.
TRÊS modelos compactos da Audi chegam ao Brasil como automóveis mais potentes do mundo no segmento: RS3 hatch e sedã (mesmo preço de R$ 329.900) e o cupê TT RS (R$ 424.990). São nada menos de 400 cv e 49 kgfm gerados de um 5-cilindros turbo, também único de ciclo Otto no mercado. 0 a 100 hm/h em 3,7 s. Quem guia, não quer mais largar.
ÓTIMO motor EcoBoost (1-litro, 3-cilindros, turbo) na versão intermediária do Fiesta foi decisão acertada da Ford. Ainda com câmbio automatizado de dupla embreagem, tem respostas vigorosas, nível de ruído/vibrações contido e consumo baixo. Faz até esquecer ser menos equipado. Na versão superior Titanium, mais recheada, motor de 1,6 litro, 4-cilindros, anda bem, porém gasta mais combustível. Assentos curtos dos bancos dianteiros, principal senão.
COMPRADORES de carro 0-km já sabem: despesas extras – impostos, serviços e taxas – são inevitáveis. Empresa americana de precificações, Kelley Blue Book instalada aqui faz pouco tempo, criou em seu site a ferramenta Chave-na-mão. A pesquisa gratuita inclui, além da faixa de preço de comercialização, todos os chamados penduricalhos para evitar surpresas.
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