Dois presos morreram após uma briga durante o banho de sol no presídio de Patos, distante 300 km de João Pessoa, na Paraíba. O secretário de Administração Penitenciária da Paraíba, Wagner Dorta, descartou uma rebelião na penitenciária.
Dorta confirmou a morte de dois presidiários, ainda não identificados, depois de uma briga no banho de sol. Dois presos ficaram feridos. A arma usada na briga pode ser sido roubada dos agentes penitenciários.
Uma operação pente-fino está sendo realizada na tarde desta quarta-feira, 4, dentro do presídio para apreender celulares e armas. “Descartamos uma rebelião e ligação com facções de outros Estados, por exemplo, como Manaus. Foi um caso pontual e não tem relação com conflitos externos. Sabemos que a arma usada pode ter sido roubada de um dos agentes e já abrimos a investigação”, disse o secretário.
Segundo ele, líderes de facções do PCC presos na Paraíba estão isolados e sob disciplina no presídio de segurança máxima, PB1, em Jacaparé. “Sem acesso a celular, transferimos de celas de forma contínua e mantemos sob exausta disciplina os líderes de facções criminosas”, afirma.
Esta seria a forma de evitar ordens de rebeliões e homicídios nas ruas pelas facções, aponta o secretário. “Evitar as ações de líderes de facções nos presídios diminui diretamente o número de ordens de mortes nas ruas. Isto pode ser observado na redução dos homicídios que caiu 16% em relação a 2015”, afirmou.
A Paraíba tem 1.800 agentes penitenciários. Neste ano, o Estado tem R$ 44 milhões para gastar no sistema penitenciário com 79 presídios e 12 mil presos.