O baixo volume de negócios foi a principal característica dos mercados de câmbio e de ações nesta terça-feira, 10. O dólar chegou a subir 0,88% pela manhã, mas perdeu fôlego e rondou a estabilidade durante toda a tarde. Nos últimos minutos de negociação, a moeda inverteu a tendência e fechou a R$ 3,7789, com baixa de 0,30%.
A leve recuperação do real foi alimentada pelo fortalecimento dos rumores de saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que seria substituído pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, com o aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pela manhã, os investidores se retraíram por cautela com indicadores negativos na China e incertezas com a economia brasileira. À tarde, o Banco Central ofertou US$ 500 milhões em dois leilões de linha. Mas a influência desses fatores nas cotações foi bastante limitada.
No cenário político, causou desconforto a derrota sofrida por Joaquim Levy, com a redução do corte de R$ 30,5 bilhões para o limite das operações do Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Com a reabertura de financiamentos ao setor automotivo, o valor foi reduzido para R$ 27,5 bilhões, contra a vontade do ministro.
No âmbito do Congresso, os temores dos investidores estiveram relacionados às votações esperadas para esta semana. O líder do DEM na Câmara, deputado Mendonça Filho (PE), disse que a oposição usará todos os mecanismos para tentar obstruir a votação do projeto de lei da repatriação, marcada para amanhã, e da Medida Provisória 688, sobre riscos hidrológicos, prevista para ir ao plenário hoje.
Às 17h41, o dólar futuro para liquidação em novembro tinha queda de 1,49%, cotado a R$ 3,765.