O dólar à vista começa a semana em queda ante o real no mercado de balcão, abaixo dos R$ 4,00. Esse comportamento está alinhado às perdas da moeda norte-americana em relação a divisas emergentes e ligadas a commodities, diante da firme valorização do petróleo no exterior.
Os contratos futuros da commodity avançam mais de 3% nesta manhã e ajudam a dar fôlego às bolsas na Europa e aos índices futuros em Wall Street, ofuscando a queda do PMI composto da zona do euro ao menor nível em 13 meses e o do PMI industrial do Japão, ao patamar mais baixo em oito meses.
Às 9h38, o dólar à vista exibia queda de 1,45%, aos R$ 3,9618, depois de abrir a sessão cotado a R$ 3,9904, em baixa de 0,73%. Na BM&FBovespa, a moeda para março recuava 1,24%, negociada a R$ 3,9855.
Os investidores também começam a semana acompanhando os desdobramentos da 23ª fase da Lava Jato, denominada “Operação Acarajé”. O marqueteiro do PT João Santana, responsável pelas campanhas de Lula e de Dilma, teve a prisão decretada na manhã desta segunda-feira, 22.
A Receita Federal informou que participa da operação e cumpre conjuntamente mandados de busca e apreensão, expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, nas cidades de Salvador e Camaçari (BA). Outras medidas judiciais de buscas e de prisão e conduções coercitivas estão sendo cumpridas pela PF também no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP).
No exterior, o euro opera em queda ante o dólar na manhã da segunda-feira, atingindo mínimas após a divulgação de alguns indicadores fracos na Europa. O índice de gerentes de compras (PMI) da zona do euro, por exemplo, recuou de 53,6 em janeiro para 52,7 em fevereiro, no menor patamar em 13 meses e abaixo da previsão de 53,3.
Os sinais fracos na economia da região reforçam a expectativa de mais estímulos do Banco Central Europeu (BCE) em sua reunião de março. Por volta das 10 horas, o euro recuava a US$ 1,1025, na mínima do dia.