O dólar à vista no balcão ampliou a alta registrada no começo da sessão desta sexta-feira, 4, em resposta a dados sobre a criação de empregos nos Estados Unidos. A geração de vagas em agosto foi menor do que o esperado, o que até estimulou alguma realização de lucros num primeiro momento – sem que a moeda invertesse o sinal positivo.
Porém, houve revisões para cima nos resultados de julho e de junho. Além disso, a taxa de desemprego caiu e os ganhos médios dos trabalhadores superaram a previsão.
Segundo o Departamento do Trabalho dos EUA, a economia do país criou 173 mil empregos no mês passado, abaixo da estimativa de 220 mil. A criação de empregos em julho, por outro lado, foi revisada de 215 mil para 245 mil; e a de junho, de 223 mil para 245 mil. A taxa de desemprego caiu para 5,1% em agosto. A previsão era de 5,2%. Por fim, os ganhos médios por hora subiram 0,32% no mesmo período. A projeção era de 0,2%.
Às 9h54, o dólar à vista no balcão valia R$ 3,8020, em alta de 1,28%, na máxima cotação do dia até então. Na abertura, foi cotado a R$ 3,7630 (+0,24%). No mercado futuro, a moeda para outubro era negociada a R$ 3,8280, com valorização de 1,43% perto do horário mencionado anteriormente.
Dados fortes dão mais argumentos à defesa de que o Federal Reserve suba os juros já na reunião deste mês prevista para os dias 16 e 17. As taxas nos EUA estão em níveis próximos de zero desde o fim de 2008 e um eventual aumento seria o primeiro em quase uma década.
O presidente do Federal Reserve de Richmond, Jeffrey Lacker, que vota nas reuniões da instituição sobre juros, comentou que o dado de agosto ficou abaixo de 200 mil, mas ainda é “um número forte”.
De volta ao Brasil, o mercado também continua de olho no cenário político. Após a confirmação, pelo governo, de que Joaquim Levy fica na Fazenda, o ministro deixou São Paulo nesta madrugada com destino a Istambul, de onde se desloca para Ancara, para participar das reuniões do G-20.
Como ele chegará na capital turca no fim da noite desta sexta-feira, só participará da agenda do evento a partir de amanhã. No mercado, há expectativa com eventuais comentários dele sobre o processo de ajuste fiscal.
