O dólar mostra sinais mistos ante o real em meio aos ajustes em relação ao fechamento anterior. Nesta quarta-feira, 17, o dólar à vista caiu aos R$ 3,2136, enquanto o dólar futuro de fevereiro terminou em baixa, aos R$ 3,2300. Os sinais desiguais também refletem um dólar misto no exterior na manhã desta quinta. Lá fora, segue no radar a possibilidade de um acordo entre republicanos para estender temporariamente o teto da dívida dos Estados Unidos.
Segundo a agência Associated Press, o presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan, costura um acerto dentro do Partido Republicano para manter o governo americano em funcionamento até 16 de fevereiro. O nível atual do teto expira nesta sexta-feira (19). Ao mesmo tempo, Ryan admite estar otimista com um acerto com democratas para resolver o impasse sobre a questão imigratória e votar o orçamento para o ano fiscal corrente nas próximas semanas.
Além disso, as moedas ligadas a commodities se beneficiam do crescimento acima do esperado do PIB da China no quarto trimestre, que teve expansão anual de 6,8%, acima da previsão de 6,7% de analistas. Em todo o ano de 2017, a China cresceu 6,9%, acelerando o ritmo em relação ao avanço de 6,7% verificado em 2016. Foi a primeira vez que o PIB anual chinês ganhou força desde 2010.
Às 9h35 desta quinta-feira, o dólar à vista subia 0,23%, aos R$ 3,2209. O dólar futuro de fevereiro caía 0,09%, aos R$ 3,2270. Em Nova York, o dólar avançava para 111,26 ienes, de 111,19 ienes na tarde de quarta; e o euro recuava a US$ 1,2238, de US$ 1,2216 no fim da tarde de ontem. Em relação a moedas ligadas a commodities, o dólar americano perdia ante o dólar australiano (-0,40%), o real (-0,09%), o peso chileno (-0,16%), a rupia indiana (-0,03%), o rublo (-0,26%), a lira turca (-0,66%) e o rand sul africano (-0,42%).
Na manhã desta quinta, em entrevista à rádio Metrópole, de Salvador (BA), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que “é possível que a reforma da Previdência seja aprovada, trabalhamos nessa direção”.
Sobre o rebaixamento das notas de crédito do País pela S&P Global, na semana passada, Meirelles diz que sua impressão é de que “não afasta investidores”. “A bolsa continuou subindo, dólar continuou estável e juros, caindo um pouco.” Para ele, os investidores já consideravam que rebaixamento viria e estão olhando para frente.
Destaque também nesta manhã para a emissão da Natura de até US$ 1,150 bilhão em notes.