A despeito do cenário externo tranquilo, o dólar subiu com força ante o real nesta sexta-feira, 22, em um dia de poucos negócios por causa da proximidade com o Natal. Sem novidades que pudessem ditar o rumo dos negócios, a cautela doméstica predominou e a moeda americana à vista terminou em alta de 0,85%, a R$ 3,3386, maior patamar desde 23 de junho (R$ 3,3409). Na semana, acumulou ganho de 0,85%.
Segundo um operador, além da falta de liquidez, a moeda americana foi pressionada também por conta de remessas de recursos de empresas ao exterior neste fim de ano, como lucros e dividendos. No exterior, o dólar tinha desempenho praticamente estável frente a divisas fortes e misto ante moedas de países emergentes.
Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, continua pesando no câmbio doméstico a possibilidade de não aprovação da reforma da Previdência e o possível rebaixamento do rating do País pelas agências de classificação de risco, após a votação da proposta na Câmara dos Deputados ter sido adiada para fevereiro. “Não vejo alívio para o dólar no curto prazo”, afirmou.
“Ninguém quer ficar exposto e ser pego de surpresa numa virada de ano eleitoral, por isso os investidores estão fazendo ajustes em suas posições, o que contribui para o dólar permanecer próximo ao patamar de R$ 3,30”, acrescentou Galhardo. Ele destacou também que o câmbio já começou a sofrer influência para a formação da Ptax do fim do mês.
Na máxima, o dólar à vista atingiu R$ 3,3401, alta de 0,89% e, na mínima, R$ 3,3050 (-0,17%). O volume foi de US$ 2,552 bilhões.
No mercado futuro, o dólar para janeiro terminou com ganho de 0,80%, a R$ 3,3370. O giro foi de US$ 15,650 bilhões. Na máxima, chegou a R$ 3,3400 (+0,89%) e, na mínima, R$ 3,3045 (-0,18%). Na semana, teve ganho de 1,17%.