O dólar recuou nesta segunda-feira, 18, ante o real desde o início do dia, embora o movimento tenha ocorrido em margens estreitas. Se por um lado a pesquisa Datafolha agradou parte do mercado, ao trazer maior possibilidade de segundo turno na corrida presidencial, por outro o viés para o dólar no exterior era de alta ante boa parte das divisas de países emergentes. No fim, o dólar no balcão cedeu 0,27%, para R$ 2,2580. No mercado futuro, o dólar para setembro caía 0,04%, aos R$ 2,2680.
O Datafolha informou que a provável candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, teria chances de vencer a presidente Dilma Roussef em um eventual segundo turno na disputa presidencial. O levantamento apontou que Marina largaria na disputa com 21% das intenções de voto, ante 20% do candidato do PSDB, Aécio Neves, enquanto Dilma lidera com 36%. Já num segundo turno, a ex-senadora venceria Dilma, já que tem 47% das intenções, contra 43% da presidente. No geral, agradou o fato de que, com Marina, as chances de segundo turno são maiores.
Em alguns momentos da sessão, o dólar à vista e o futuro operaram com sinais divergentes. No entanto, a tendência geral para as moedas era a mesma. Na sexta-feira, o dólar para setembro acelerou um pouco a baixa entre 16h30 e 18 horas, quando o segmento à vista já estava encerrado. Por isso, hoje, considerando a arbitragem que existe entre os dois mercados, o dólar à vista tendeu a registrar perdas maiores que o setembro, sendo que, em alguns momentos, a divisa tinha leves perdas no balcão e subia discretamente no futuro.
No mercado à vista, o dólar oscilou entre a máxima de R$ 2,2640 (estável ante sexta-feira) e a mínima de R$ 2,2550 (-0,40%), em um claro sinal de que as margens de negócios foram estreitas. Isso ocorreu em grande medida porque o mercado já vinha precificando chances maiores de um segundo turno com Marina Silva candidata. O giro à vista somava US$ 918,3 milhões perto das 16h30. O giro no vencimento para setembro estava próximo de U$$ 9,562 bilhões – inferior à média das sessões.