Depois de três sessões consecutivas de alta, período no qual acumulou valorização de 2,11%, o dólar teve um dia de correção em baixa diante do real, estimulado pela criação de empregos abaixo do esperado nos EUA e, no período da tarde, pelo superávit comercial do Brasil no mês de julho. Além disso, alguns profissionais da área citaram entrada de recursos no País pela manhã.
O dólar à vista no balcão encerrou esta sexta-feira, 01, com desvalorização de 0,40%, cotado a R$ 2,2610 e alinhado ao comportamento da divisa em relação à maioria das demais moedas. Na semana, porém, o dólar acumulou alta de 1,48%. O giro financeiro registrado na clearing de câmbio da BM&FBovespa era de US$ 1,602 bilhão às 16h30. O dólar futuro para setembro recuava 0,15%, a R$ 2,2795.
Logo na abertura dos negócios, antes do payroll, o dólar chegou a subir e alcançou a máxima de R$ 2,2830. Mas, quando o número foi conhecido, o movimento de alta perdeu força, até que a moeda se firmasse em baixa. Segundo o Departamento de Trabalho norte-americano, a economia dos EUA criou 209 mil empregos em julho, abaixo da previsão de 230 mil vagas. A taxa de desemprego subiu para 6,2% em julho, ante projeção de estabilidade em 6,1%.
Ao mesmo tempo, enquanto o índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) teve alta para 57,1 em julho – acima das expectativas de 56,0 -, o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, caiu para 81,8 na leitura final de julho, de 82,5 em junho. Por fim, o índice de preços dos gastos com consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) subiu 1,6% em junho ante igual mês de 2013, abaixo da meta de inflação do Federal Reserve, que é de 2,0%, pelo 26º mês seguido.
Depois, no período da tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 1,575 bilhão em julho. Na quarta semana de julho, houve um superávit de US$ 1,162 bilhão. Na quinta semana, entretanto, a balança teve um saldo negativo de US$ 84 milhões. O resultado do mês ficou dentro do intervalo das expectativas do levantamento do AE Projeções e acima da mediana positiva de US$ 834 milhões. Mas mesmo com o saldo positivo no mês, o resultado no acumulado de janeiro a julho de 2014 está negativo em US$ 916 milhões.